O uso de explosivos em ataques a bancos cresceu de forma assustadora nos primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado no Rio Grande do Sul. O volume total de ataques a bancos nos dois primeiros meses deste ano supera em 10,7% o volume de ataques no mesmo período de 2017. São 31 casos contra 28. O dado é assustador e mostra a fragilidade na segurança das agências bancárias.

Este número segue crescendo durante o ano.  A comparação que podemos fazer é aquela talvez mais estarrecedora de todas. Outubro de 2018, ou seja, seus primeiros cinco dias já registraram o mesmo volume de ataques a bancos do que todos os 31 dias do outubro do ano passado.

Ataque na Agência de Ibarama

Na madrugada do dia 3 de outubro, assaltantes invadiram a agência do Banrisul de Ibarama. Pelo menos seis criminosos entraram no local e efetivaram o ataque usando explosivos. Eles acessaram o dinheiro do cofre da agência. A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santa Cruz do Sul e Região visitou o banco após o assalto, o município de Ibarama faz parte da base territorial do Sindicato. Para isso, o Sindibancários informa que as agências que sofrerem ataques por assaltantes, informe ao Sindicato, através do telefone (51)3056-2351.

Segundo o Sindicato, esses ataques prejudicam não somente o atendimento a população, mas a economia local, principalmente nos municípios do interior do estado. “Os prejuízos são enormes, não só para a população, mas também para os bancários”.

O diretor do Sindibancários, Cândido Castro Machado ressaltou que a violência pode prejudicar o bem estar mental das pessoas que trabalham nesses locais. “Isso gera trabalhadores amedrontados, embora o horário das explosões não seja o de trabalho, abala a estrutura psicológica, que afeta a todos que trabalham na agência”, salientou.

A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários assegura que, no caso de assaltos, todos os bancários devem ter assegurado o direito a atendimento médico e psicológico. É a saúde dos trabalhadores que está sendo colocada em risco. Além disso, é obrigação do banco emitir a CAT a todos os trabalhadores que foram vítimas de assalto. O Sindicato vai acompanhar de perto a situação dos bancários envolvidos e as medidas que o banco vai tomar em relação à saúde e ao bem-estar dos mesmos.

CAT – A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento que serve para reconhecer um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional, como é o caso de um trauma psicológico desenvolvido após o empregado passar por um assalto no local de trabalho.

É obrigação do empregador emitir o documento, caso o banco se negue, o trabalhador pode requisitá-lo no Sindicato.

 

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Assessoria de Imprensa do Sindibancários de SCS e Região

Fernanda Almeida

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