Depois que Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, editaram a Medida Provisória 905/2019, em 11 de novembro, uma onda de indignação tomou conta das agências e postos de trabalhos bancários. Na plenária de mobilização e discussão sobre a MP 905, na noite da quarta-feira, no auditório da sede da Federação dos Bancários (Fetrafi-RS), em Porto Alegre, a indignação ganhou impulso e os bancários decidiram se mobilizar nesta quinta-feira, 21/11, e participar em Porto Alegre do Dia Nacional de Luta contra a MP 905.

Se a MP do extermínio impõe o fim da jornada de seis horas dos trabalhadores bancários e o trabalho aos sábados, ela ataca também todas as outras categorias de trabalhadores. Isso porque impõe desconto de 7,5% sobre o do seguro-desemprego.

Vitória da categoria bancária
Na semana passada, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu segurar a implantação da Medida até que seja concluída a negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A próxima reunião será realizada no dia 26.

O Comando obteve o compromisso de os bancos não aplicarem o que determina a MP 905 até a semana que vem. Embora seja reconhecida como inconstitucional por juristas e operadores do direito trabalhista, a MP tem validade de 60 dias, que podem ser prorrogados por mais 60 dias. Portanto, pode valer até a segunda metade de março antes de ser votada no Congresso Nacional.

Entenda os principais retrocessos da MP 905

Fim das 6H

A MP é pior do que uma reforma trabalhista. Acaba com a jornada de trabalho de 6H dos(as) bancários. E impõe jornada de 8H e mais 4H de trabalho aos sábados, domingos e feriados É o fim das funções de analista, assistente de gerente e outra que geram comissionamento.

Fim das comissões

Se hoje o(a) bancário(a) que trabalha 8H é comissionado(a), a maldita MP vai acabar com as comissões e promover uma devassa com demissões. O banqueiro vai poder contratar alguém por um salário abaixo do piso da categoria e sem direito a comissão, porque a jornada de 6H acaba.

Fim da PLR

A MP quer individualizar a negociação da PLR. O banqueiro vai chamar o bancário e dizer: “Assina aí. Este ano, tu não fez nada pelo banco e não vai ter PLR”. Hoje, todos os bancários ganham a mesma PLR porque têm um acordo coletivo que regula o pagamento.

Mais desemprego

O Bolsonaro tem dito que a MP é para criar mais emprego para os jovens. Mas isso é conversa fiada, mais uma fake news. É que os bancos vão poder demitir os comissionados ou quem recebe horas extras para empregar quem eles quiserem ou fechar agências e postos de trabalho. Se vai demitir, como vai gerar emprego?

 

Fonte: SindBancários POA com edição do Sindibancários Santa Cruz

 

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