O texto que acaba com direitos conquistados

Após várias sondagens ao Comando Nacional dos Banrisulenses, o Banrisul apresentou uma proposta de um Programa de Participação nos Resultados (PPR) em substituição aos Programas de Remuneração Variável (RVs). Inicialmente, a proposta acabava com direitos já conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho, entre eles a PLR Banrisul, o que foi imediatamente rechaçado pelos representantes dos empregados.

A minuta do acordo, entretanto, tem uma série de problemas dos pontos de vista financeiro, democrático e até mesmo de saúde, pois gera mais pressão por metas e, consequentemente, o adoecimento dos funcionários do Banco. O texto passa por análise jurídica da assessoria da Fetrafi-RS e do Dieese, que está dando o suporte necessário para o andamento das negociações.

Entre outros problemas, na proposta, o Banrisul não valoriza nenhuma área que componha os seus resultados, ao contrário, amplia a desigualdade salarial em uma tabela com larga diferença entre os menores e maiores salários. Além disso, o texto trata de metas, mas o movimento sindical não irá discutir esse tema, nem assinar nenhum acordo que estabeleça parâmetros.

Outro ponto recusado pelo Comando Nacional dos Banrisulenses é o que trata da quitação geral das ações judiciais referentes ao pagamento retroativo de RVs como verba salarial. A extinção dessas ações não será admitida pelos sindicatos.

O Banco demonstrou urgência na aprovação da proposta, que teria vigência de janeiro a dezembro de 2022, mas o movimento sindical pretende discutir amplamente todos os pontos e levar para toda a base um texto que seja favorável aos trabalhadores. Assim que a proposta estiver melhor desenhada, será marcada uma plenária de discussão com os banrisulenses.

Texto: Aline Adolphs (Fetrafi-RS)

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