Onda de demissões durante a pandemia já atingiu cerca de mil famílias

O Santander está no primeiro lugar de um ranking nada agradável: é o banco que mais demitiu funcionários durante a pandemia da COVID-19. Foram pelo menos mil bancários e bancárias demitidos desde maio e agora os gerentes gerais e de negócios também viraram o alvo.
A justificativa do banco para a onda de demissões passa pela questão da “reestruturação”. Mas isso não é aceitável, segundo o representante da Fetrafi-RS na Comissão de Empregados do Santander, Luiz Cassemiro. “O Santander vem demitindo nacionalmente de forma muito acentuada e deixando as pessoas em clima de pânico, pois quando demitem um funcionário, isso afeta a família toda, três ou quatro pessoas a mais”, afirma.

Conforme Cassemiro, há casos de gerentes com 30 anos ou mais de dedicação ao banco. “Demitem por telefone. É um tremendo desrespeito com os trabalhadores por parte da instituição.”

A pandemia também não pode ser considerada justificativa, uma vez que o Santander continuou lucrando neste período e o seu lucro no Brasil representa 32% dos ganhos mundiais. Para se preparar para uma possível crise, o banco fez uma reserva de R$ 10,4 bilhões e teve seu lucro reduzido em cerca de 8,8% apenas.

Bancários e bancárias de todo o país vêm se mobilizando contra as demissões do Santander e de outros bancos privados, que estão ocorrendo em massa. Os sindicatos estão em campanha permanente contra as demissões nas ruas e na internet. Na base de Porto Alegre, carros de som têm sido usado para denunciar a falta de respeito do banco com seus funcionários.

Fonte: Fetrafi-RS com informações do SindBancários Porto Alegre e Região

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