Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos disse ter sofrido algum tipo de violência durante a pandemia de Covid-19. É o que aponta a pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).

De acordo com o levantamento, aproximadamente 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. Na comparação com as estatísticas da última pesquisa, houve elevação do número de agressões dentro de casa, de 42% para 48,8%. No caso da violência sofrida na rua, foi registrado queda, de 29% para 19%.

Na maioria das ocorrências (sete em cada dez) o autor é uma pessoa conhecida – principalmente companheiros (25,4%) ou ex-companheiros (18,1%). Em geral, a violência acontece em escalada: ofensas e pressões psicológicas, que evoluem para espancamentos e até feminicídio.

A forma mais comum é a ofensa verbal, apontada por 18,6% das entrevistadas ou equivalente a 13 milhões de mulheres que foram alvo de insultos, xingamentos ou humilhações no último ano. Já 6,3% (4,3 milhões), afirmaram ter sido alvo de agressão física, com tapas, empurrões ou chutes. Para 2,4% das mulheres (1,6 milhão), a violência foi ainda mais grave, como espancamentos ou tentativas de estrangulamento.

As vítimas de ofensa sexual ou tentativa forçada de manter relação somam 5,4% e 3,1% sofreram ameaças com faca ou arma de fogo. Esses contingentes equivalem a 3,7 milhões e 2,1 milhões, respectivamente.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

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