Encontro Estadual virtual demonstrou unidade na defesa do banco público, do Saúde Caixa e da manutenção de direitos
O Encontro Estadual dos Empregados da Caixa do Rio Grande do Sul ocorreu neste sábado, 4 de julho, por videoconferência. O evento contou com 124 inscrições, sendo 70 mulheres e 54 homens, número expressivo, segundo o representante da Fetrafi-RS na Comissão de Empregados da Caixa, Gilmar Aguirre. “Isso demonstra que a distância imposta pela pandemia não nos afastou. Estamos unidos na luta e na defesa dos nossos direitos”, destacou.
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A defesa do Saúde Caixa foi um dos principais pontos debatidos no Encontro. Em uma das resoluções, ficou definido que “toda e qualquer alteração no Saúde Caixa deve ser negociada amplamente com a representação dos empregados”. Sobre a Campanha Nacional, a sugestão é de que o mote seja “mais empregados já e CCT e ACT com nenhum direito a menos”. (Veja todas as resoluções abaixo)

“Entendemos que é imprescindível a manutenção da mesa única, pois este é um momento de unidade de ação e solidariedade entre os trabalhadores bancários”, diz a proposta aprovada no Encontro Estadual.

Importância da Caixa no enfrentamento da pandemia

Antes da plenária, a ex-presidenta da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, apresentou um painel sobre “O papel da Caixa diante da Pandemia”. Ela ressaltou que assim que foi chamado a atuar frente à pandemia, o banco deu uma resposta bastante efetiva.

Entretanto, ela destacou dois problemas do Brasil nesta pandemia: não ter um coordenação estratégica que convide os bancos públicos a contribuir, através, por exemplo, de crédito aos microempresários e alguns sistemas econômicos estratégicos neste momento; e a negação da realidade, que é estrutural no governo federal e que traz com ela a violência no discurso e o descaso com a vida.

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Sobre a ameaça de privatização que ronda mais uma vez os bancos públicos, Maria Fernanda ressaltou que a venda de áreas rentáveis do Banco é uma estratégia do presidente Pedro Guimarães para voltar a abrir o capital da Caixa S/A. “Temos que ter algumas premissas claras: uma delas é a de que não vamos contar com Pedro Guimarães e Paulo Guedes para defender o banco público. O projeto político (de privatização) é muito claro”.

Para combater as ameaças ao banco público e aos direitos dos empregados da Caixa, a ex-presidente do banco diz que é preciso construir pontes e um processo de escuta do outro. “Temos que pensar o que nos comove, o que nos mobiliza. Se eu me conecto com isso, posso mobilizar o colega que não está aqui hoje. E, nesse ponto, utilizar bem as novas ferramentas e possibilidades do mundo virtual é muito importante”, concluiu.

Resoluções

Fonte: Fetrafi-RS
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