Comissão de Negociação do Comando dos Banrisulenses conquistou avanços para o acordo negociado desde o ano passado e terá proposta definitiva apresentada em reunião da próxima terça-feira, 12/1, pela diretoria do banco
Depois de pouco mais de três meses de debates nas mesas temáticas de negociação, a Comissão de Negociação do Comando Nacional dos Banrisulenses e representantes da diretoria do Banrisul estão prestes a dar um passo decisivo no fechamento do Acordo Coletivo Específico de Teletrabalho.
Na reunião da terça-feira, 5/1, o banco anunciou disposição de levar a redação definitiva para a reunião por videoconferência sobre o tema na próxima terça-feira, 12/1. Esse texto será debatido e poderá ficar pronto para começar o processo decisório, desde que haja acordo sobre a sua redação entre dirigentes sindicais e representantes do Banrisul.
Por isso, na sexta-feira, 8/1, o Comando Nacional dos Banrisulenses irá se reunir por videoconferência para debater este e outros assuntos que também estarão entre as cinco pautas da próxima reunião (veja as pautas ao final desta matéria).
Vantagens conquistadas na mesa
O acordo que está em fase final de alinhamento da redação tem avanços em relação ao acordo geral emergencial de teletrabalho fechado com a Fenaban em março do ano passado e com os de bancos privados e públicos também de 2020.
Na verdade, como reconhecido desde o início pela mesa temática, havia um compromisso de aperfeiçoar os acordos fechados anteriormente. Esse compromisso é tanto dos dirigentes quanto dos representantes do banco.
O processo também foi de aprendizado. Daí, decorrem também as vantagens obtidas pelos Banrisulenses. O trabalho dos dirigentes e as pressões que fizeram, além da disposição de colaborar na construção de um acordo coletivo que tivesse o Banisulense como prioridade, pesaram e muito para os avanços.
Entre as vantagens estão o fechamento de acordo por dois anos com reajuste, na data base da categoria, da ajuda de custo, pelo INPC mais 0,5%, índice acordado na CCT da categoria para 2021, conforme o banco anunciou na reunião da terça-feira, 5/1.
Ademais, questões relacionadas à saúde e à diversidade foram contempladas. As Pessoas com Deficiência (PCD) terão prioridade, serão ouvidas e não haverá imposição para assumirem regime de teletrabalho, se não for de sua vontade.
Além das mães, casais homoafetivos e pais viúvos ou que tenham guarda exclusiva de filhos com menos de 6 anos de idade também terão preferência para reivindicar o regime de teletrabalho em caso de necessidade.
Na saúde, o banco, depois de uma reunião temática somente sobre esse tema, adotará a responsabilidade solidária. Isso significa que o Banrisulense não será o único responsável por zelar por sua saúde.
O banco também se encarregará de fazer a sua parte para fornecer equipamentos com normas de ergonometria adequadas e terá o compromisso de verificar se os bancários não estão expostos a condições de trabalho que afetem sua saúde.
Ademais, o banco já havia anunciado que fornecerá cadeiras e equipamentos eletrônicos para quem estiver em home office.
Pagamento antecipado
Outro anúncio feito pelo banco na reunião da terça, 5/1, foi o pagamento retroativo da ajuda de custo relativa aos meses de novembro e dezembro e da antecipação do acumulado do auxílio no primeiro semestre agora em janeiro.
O valor será de R$ 80 por mês, como o de outros bancos públicos e privados que já fecharam acordos semelhantes de teletrabalho.
Quem decide é o Banrisulense
Os dirigentes sindicais avisam que o próximo passo será dado conforme a tradição do SindBancários, Sindicatos do Interior, da Fetrafi-RS e de outros estados. Assim que houver uma proposta de texto definitiva sobre o acordo, ele será amplamente divulgado para as bases de todos os sindicatos de bancários do RS e de outros estados.
Nos canais informativos, serão disponibilizados canais para tirar dúvidas e serão realizados encontros virtuais para esclarecimentos. Tudo para que os Banrisulenses possam tomar uma decisão bem informada a respeito do acordo do teletrabalho.
Questão dos caixas
Mais uma vez, os dirigentes que participaram da reunião temática da terça-feira, 5/1, trouxeram denúncias sobre desrespeito à cláusula 39 do Acordo Coletivo Específico do Banrisul 2020-2022. Desde que ele foi fechado, os caixas em processo de descadastramento têm direito a nove meses de quebra de caixa e de participar de cursos de requalificação oferecidos no projeto Horizontes do banco.
A questão é que chegam denúncias de várias bases sindicais de perseguições. Gestores estão pressionando e descadastrando caixas fixos para cadastrar caixas eventuais, referem tais denúncias.
E os alvos principais dos descadastramentos seriam os caixas do grupo de risco e afastados, em especial aqueles com perfil para entrar no Plano de Demissão Voluntária (PDV), processo que se encerrou em outubro, mas que não optaram por sair do banco neste momento.
Os representantes do banco anunciaram na reunião que os gestores estão impedidos de descadastrar caixas fixos para utilizá-los como caixas eventuais.
Na próxima reunião da terça-feira, 12/1, o banco também assumiu o compromisso de apresentar o estudo de dimensionamento de caixas. Trata-se de um levantamento, por perfil de agência, que leva em consideração fatores como tamanho da agência e volume de autenticações, para definir o número de funcionários a serem cadastrados ou descadastrados do caixa, o que passou a ser prerrogativa exclusiva da Superintendência de RH.
Reunião do Comando Nacional dos Banrisulenses por videoconferência
Sexta-feira, 8/1, 9h
Pauta da próxima reunião temática por videoconferência da terça-feira, 12/1, às 13h30, entre dirigentes e representantes do Banrisul
> Conselho de Administração
> Grupo de risco
> Ponto eletrônico
> Teletrabalho
> Dimensionamento de caixas
Como representantes dos Banrisulenses, participaram da reunião: Denise Falkenberg Corrêa (diretora da Fetrafi-RS), Luciano Fetzner (presidente do SindBancários), Cleberson Pacheco Einchholz (presidente do Sintrafi de Florianópolis), Ana Maria Betim Furquim (diretora da Fetrafi-RS), Fábio Soares Alves (diretora da Fetrafi-RS) e Mariluz Carvalho (SEEB Santa Cruz do Sul). E os assessores jurídicos: Milton Fagundes, Antonio Vicente Martins e João Rosito.
Como representantes do Banrisul, participaram da reunião: Fernando Perez (Negociador), Gaspar Saikoski (Superintendente de RH), Paulo Henrique Pinto da Silva, Raí Mello e Douglas Bernhard (Jurídico).
Fonte: Imprensa SindBancários
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