Após cobrança do Sindicato, federação dos bancos aprovou criação de comitê bipartite de crise e implementação de comunicação preventiva, além de se comprometerem a reforçar a higiene nos locais de trabalho e a orientar os bancos a cancelarem eventos, treinamentos e reuniões que gerem aglomerações

 

O Sindicato se reuniu com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), nesta segunda-feira 16, para cobrar posicionamento do setor sobre medidas para proteção de bancários e clientes diante do avanço do coronavírus. Após solicitação da representação dos bancários, os bancos aprovaram a criação de um comitê bipartite de crise para acompanhamento do tema e implementação de comunicação preventiva, que tem impacto na vida do trabalho e no dia a dia das pessoas.

Os bancos se comprometeram ainda a reforçar a limpeza e higiene, conforme orientação do Ministério da Saúde, em todos os locais de trabalho. Além disso, a Fenaban assumiu o compromisso de orientar que bancos cancelem eventos, treinamentos e reuniões que tenham aglomerações.

Na próxima quarta-feira, os 157 bancos irão se reunir para definir, por exemplo, as normas em relação às recomendações após retorno de viagem nacional e internacional, que devem permanecer em casa por 14 dias no mínimo.

“Aguardamos retorno em relação a alguns itens importantes, como as possíveis ações que os bancos irão tomar para quem está nos grupos de risco, tais como gestantes, idosos, diabéticos, doentes cardíacos, entre outros; e sobre planos de contingência dos bancos para departamentos e agências durante as fases de propagação do vírus. A Fenaban pediu “cautela” em relação à divulgação do sigilo médico de cada funcionário, mas declarou que há `sensibilização do setor´ sobre o tema”, disse a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.

“Aguardamos a resposta de outras questões que também precisam ser analisadas, como as modificações das regras do teletrabalho para que o bancário não seja prejudicado e a restrição do acesso no número de pessoas nas agências”, acrescenta.

O Sindicato também solicitou a antecipação da campanha de vacinação da gripe, e os bancos se comprometeram a solicitar à Anvisa para tentar atender o pedido. Outra reivindicação foi a suspensão de metas, que ainda serão analisadas pelo setor. Em relação à suspensão da demissão dos trabalhadores, os bancos declararam que “não há conexão desses temas com a pandemia”.

Outro item reivindicado foi a modificação do calendário de campanha da categoria.

“Estamos recebendo diariamente a preocupação dos bancários na nossa base e precisamos antecipar respostas para uma crise que é real e atinge a saúde dos trabalhadores e clientes. Temos de tomar medidas urgentes para proteger a todos.”, enfatiza Ivone.

Durante o dia, os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) também anunciaram a prorrogação, por 60 dias, do vencimentos de dívidas de empresas, com destaque para micro e pequenos negócios.

SUS

Em um momento tão delicado é fundamental perceber a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), para que todos tenham acesso a um sistema de saúde público e universal funcionando. Este governo, assim como o anterior, vem promovendo desmontes na rede, com o congelamento do orçamento, os ataques ao programa Mais Médicos, entre outros.

“A saúde vem sendo tratada como ‘gasto’, não como investimento básico para toda sociedade. Percebemos sua importância em um momento de crise”, alerta a presidenta do Sindicato.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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