Banco privado quebra palavra assumida de manter empregos durante a pandemias, reduz postos de trabalho e mantém cobrança de metas abusivas
Mais um caso de propaganda da boca para fora ocorre no Itaú. O maior banco privado do país despeja somas astronômicas em redes sociais, nas grandes mídias tradicionais para fazer crer que faz “Tudo pra você”. Mas, quando o assunto é valorização dos seus empregados, podemos mudar o tema: “Desemprego pra você”.
Pois imagina que o Itaú está demitindo nesta pandemia do novo coronavírus. Desde setembro, o banco descumpre a palavra fechada com o COE/Itaú em mesas de negociação que se iniciaram em março quando os decretos de isolamento social restringiram a circulação de pessoas para salvar vidas da Covid-19.
E o Itaú escalou um degrau na sua forma de estar nem aí para seus trabalhadores. Aqueles que saem de casa todos os dias, pensando em dar o seu melhor e buscar negócios para o banco agora ganharam um alvo nas costas onde está escrito “demissão”.
E, como se não bastasse chegar no local de trabalho e não saber se fica até o fim do expediente em plena pandemia, os colegas também estão submetidos a um esquema de pressão por metas abusivas sem precedentes.
“O banco tinha assumido a palavra de que não demitiria durante a pandemia. O compromisso era de preservar empregos. Mas, desde setembro, não para de demitir e de ameaçar com fechamento de agências. Como quer que a produtividade aumente tocando o terror nas agências”, questiona o diretor do SindBancários, integrante do COE e funcionário do Itáu, Eduardo Munhoz.
O Itaú, claro, vai sempre justificar as demissões com a crise financeira da pandemia. Mas quem lucra menos não quer dizer que tenha prejuízo. Aliás, lucro é lucro, e o lucro do Itaú no primeiro semestre de 2020 foi de R$ 8,117 bilhões.
É certo que o lucro caiu 41,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas as Provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 111%. Quer dizer, o Itaú não vai quebrar se esperar a crise passar sem demitir um empregado sequer e nem fechar agências.
Os colegas do Itaú estão convidados a se somar à ajuda que os colegas do Bradesco estão precisando nesta quinta-feira, 15/10. Será o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos no Bradesco. Assim como no Itaú, colegas do Bradesco e do Santander, profissionais qualificadíssimos e corajosos, também está sendo injustamente demitidos me plena pandemia do novo coronavírus.
“Os bancos são concessões públicas que têm compromisso com o povo brasileiro e com cada um de seus funcionários. É fato que há uma crise financeira decorrente da pandemia. Mas os bancos deveriam ser os primeiros a ajudar o país a se erguer da crise e os últimos a ajudar a afundar ainda mais. Não faz sentido demitir quando as pessoas mais precisam de renda e emprego”, salientou o diretor do SindBancários e empregado do Itaú, Sandro Rodrigues.
Fonte: Imprensa SindBancários
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