Vitória da categoria bancária! Foi aprovado no início da tarde desta quinta-feira (17) o Projeto de Lei (PL) 1011/2020, que trata da inclusão de categorias profissionais essenciais no Plano Nacional de Imunização (PNI) para a vacinação contra a Covid-19. O PL foi aprovado com a emenda de redação que incluiu bancários e bancárias no PNI.
Agora, o Projeto vai para votação no Senado e, caso seja aprovado, segue para sanção presidencial. A inclusão da categoria como prioritária na vacinação foi uma conquista da luta e da pressão das entidades sindicais, entre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e do Comando Nacional dos Bancários.
“Há muito tempo, o Comando Nacional dos Bancários e as entidades sindicais lutam para incluir os bancários no Plano Nacional de Imunização, pois é uma situação urgente diante da alta exposição ao vírus em nossa categoria com alto potencial de contaminação e transmissibilidade, bem acima da média na sociedade”, conta o secretário de Saúde da Contraf, Mauro Salles.
Número de mortos cresce entre a categoria
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.
No primeiro trimestre de 2020, o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.
Para a diretora de Saúde do(a) Trabalhador(a) da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, a categoria bancária é essencial e provou isso porque não parou suas atividades em nenhum momento durante a pandemia.
“A pandemia está longe de ser debelada – muito antes pelo contrário -, a cada vez surgem novas cepas mais agressivas e mortais”, ressalta Denise. “De outro lado, as agências bancárias são locais com potenciais focos de infecção. Então, nada mais justo que a categoria bancária ser imunizada”, conclui.
A luta continua
Conforme Mauro Salles, o PNI não foi construído de forma transparente e com critérios técnicos. Por isso, foi necessário que o movimento sindical colocasse em pauta a necessidade de cada categoria. Após meses tentando uma agenda com o Governo Federal, o Comando Nacional dos Bancários finalmente conseguiu entregar o pleito pela vacina nas mãos do Ministro da Saúde na semana passada. Este se comprometeu em encaminhar o pedido à análise da equipe técnica do Ministério.
“Com a pressão no Parlamento, conseguimos aprovar a inclusão dos bancários no projeto de Lei aprovado na Câmara. Vamos na luta para que seja confirmado no Senado. Salvar vidas é nosso objetivo e exigimos das autoridades sanitárias seriedade e utilização de critérios adequados, baseados nas evidências científicas”, afirma Salles, que completa: “mais uma vez se mostra importante a unidade da categoria e a importância de nossas entidades sindicais.”
Fonte: Contraf-CUT, com edição da Fetrafi-RS
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