Em reunião realizada na tarde de quinta-feira, 9 de setembro, o banco Itaú apresentou à Comissão de Organização do Empregados (COE) a intenção de convocar os trabalhadores do grupo de risco para a Covid-19 ao trabalho presencial ainda este mês.
Entretanto, os representantes dos empregados se posicionaram contra a decisão arbitrária e alertaram que, caso ocorra de fato, o retorno deve ser de forma gradativa e segura, com base em critérios científicos e imunização superior a 70% da população. “O Banco está impondo o retorno e chamou a COE apenas para comunicar. Nós discordamos da decisão, pois ainda não é o momento. Afinal, para que estão querendo que todos retornem, para demitir funcionários?”, aponta o representante da Fetrafi-RS na COE Itaú, Eduardo Munhoz (Dudu).
Desde 1º de setembro, o Banco abriu a possibilidade de que “trabalhadores voluntários” dos prédios administrativos voltem gradativamente aos locais de trabalho. A história, porém, não é bem assim. Segundo o coordenador da COE Itaú, Jair Alves, sindicatos de todo o Brasil relataram denúncias de pressão de gestão para o retorno. “Eles forçam os trabalhadores a se voluntariarem. Nós não iremos tolerar esse tipo de atitudes da chefia”, afirmou.
Membros do movimento sindical também cobraram como o departamento de saúde do trabalhador irá se comportar neste retorno, se haverá testagem e algum tipo de acompanhamento dos funcionários dos grupo de risco. O Itaú informou que existe fiscalização para garantir o respeito aos protocolos de saúde e segurança e que todo o sistema de infraestrutura do Banco permanecerá híbrido, para evitar aglomerações nos escritórios.
Retorno às agências
O Itaú comunicou aos dirigentes sindicais que irá publicar comunicado sobre o retorno das pessoas do grupo de risco de agências e que tem o ciclo vacinal completo com data opcional a partir de 20 de setembro.
Caso alguém não tenha tomado as duas doses, o banco vai aguardar a data da segunda dose, mais 14 dias, período de imunização completa, para cobrar o retorno. Isso não inclui as gestantes, pois estas não retornarão ao trabalho presencial.
Com informações da Contraf-CUT
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