Até mesmo não vacinados poderão retornar, o que vem preocupando muito os bancários e suas entidades de defesa
Está causando muita indignação e apreensão entre os empregados do BB e na categoria bancária um comunicado interno da instituição, na quinta-feira, 15/09, informando que as funcionárias e funcionários que estão em home office, e não pertencem ao grupo de risco, “poderão” retornar ao trabalho presencial, de forma opcional, a partir do dia 20 de setembro.
A medida chama a atenção porque não se baseia em critérios científicos. Afinal, segundo o Ministério da Saúde, atualmente menos de 36% da população brasileira está imunizada. Mas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada em dados científicos, só é possível controlar a disseminação da Covid-19 quando 70% da população estiver devidamente imunizada.
Volta até para não-vacinados
O mais impressionante é que o BB autoriza a volta do trabalho presencial até mesmo para os funcionários que ainda não se vacinaram ou que não completaram as duas doses do imunizante – o que aumenta a possibilidade de contaminação e transmissão do vírus. A funcionária do BB e diretora do SindBancários, Bianca Garbelini, vê com muita preocupação a medida unilateral da direção do banco. “O problema dessa convocação é que – com quase toda a equipe de volta – não tem como garantir o distanciamento adequado nos locais de trabalho, “, lembra ela. “Além disso, aumenta também o fluxo de clientes. Logo, isso significa aglomeração e maior exposição de todos. É preocupante”.
Surpresa perigosa
Para a diretora da Fetrafi-RS e também trabalhadora do BB, Priscilla Aguirres, o recebimento do “Comunicado” do banco sobre o assunto foi, além de preocupante, uma surpresa, pois não houve conversas a respeito do assunto com a representação dos trabalhadores. “Nossa consternação é com aumento do número de funcionários nas unidades, elevadores, transporte público, restaurantes e tudo que envolve o maior fluxo de pessoas”, especifica a sindicalista. Priscilla lembra que “o banco diz que esta volta não é obrigatória, mas trata-se de uma decisão unilateral”. E mais: “Destacamos também que o Banco do Brasil está ignorando o calendário vacinal, expondo gente que ainda não completou a segunda dose e que convive com pessoas do grupo de risco”, finalizou.
Fonte: Imprensa SindBancários, com Fetrafi-RS e Contraf-CUT. Arte: Contraf-CUT.
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