Reunião do Comando Nacional dos Banrisulenses vê avanços na proposta de novo Plano de Participação dos Resultados, mas necessidade de melhorar remuneração daquelas funções “esquecidas” pelo sistema de RVs
Aqueles Banrisulenses que sempre ficaram nas margens e sem algum tipo de remuneração variada precisam receber uma sinalização mais firme da diretoria do banco. Essa questão foi apresentada como fundamental na reunião entre os integrantes do Comando Nacional dos Banrisulenses, na segunda-feira, 27/12, por videconferência para que um Acordo de Programa de Participação dos Resultados (PPR) possa ser submetido à apreciação em assembleias.
O Grupo de Trabalho do Comando Nacional dos Banrisulenses volta a se reunir nesta terça-feira, 28/12, com a diretoria do Banrisul para buscar mais avanços. O consenso é que as negociações para a criação do PPR estão adiantadas, mas ainda precisam ter redações de cláusulas aperfeiçoadas.
É importante reconhecer que as negociações para o PPR avançaram de uma proposta sem a PLR Banrisul que distribui 1,8% do lucro líquido linearmente em outubro até a inclusão de funções “esquecidas”, como é o caso dos escriturários e caixas, no sistema de RVs.
Os Banrisulenses sabem que o sistema financeiro, sobretudo os bancos tradicionais, estão cada vez mais necessitados de realizar ajustes para buscarem um resultado maior em um mercado cada vez mais competitivo por causa de novas plataformas bancárias como as fintechs.
A transformação de funções tradicionalmente de atendimento para de relacionamento e comerciais se opera com grande velocidade no sistema financeiro. Por isso, a importância de aumentar os gatilhos para aplicação dos targets a uma base que representa a maior fatia de empregados do Banrisul.
Outros dois argumentos levados à reunião do Comando Nacional dos Banrisulenses na tarde da segunda-feira, 27/12, relacionaram-se à estrutura de remuneração e aos critérios de como esta remuneração será feita.
O consenso é de que a negociação sobre PPR sai de um patamar de total ausência de critérios do sistema de RVs – ou, ao menos, de critérios que mudavam toda hora e ninguém sabia qual era – para um sistema organizado e com avanços obtidos em uma jornada de negociação bastante difícil com o banco.
Isso significa que o Acordo de PPR trará uma oportunidade de o movimento sindical e os próprios colegas fiscalizarem a aplicação e o cumprimento dos dispositivos de remuneração.
Quer dizer, conseguir em negociação na mesa que o programa seja acionado a partir da obtenção global de 80% do lucro líquido projetado leva para outro patamar de ciência a respeito de critérios. Por certo, o banco não pode revelar seu lucro projetado, mas saber se o lucro líquido chegou a este patamar pode ampliar em muito a noção até de critérios de aplicação de metas.
Então, a obtenção deste parâmetro possibilita uma ideia aproximada de como a diretoria do Banrisul aplicou as metas, o que não se tem hoje com o sistema de RVs. O Comando reconhece que se trata de uma inovação em termos de política de remuneração.
É preciso levar em conta outro avanço. O Acordo tem duração de um ano. E isso foi obtido com negociação em mesa.
Com esse prazo de vigência, o movimento sindical poderá juntar dados a partir das experiências de colegas e negociar avanços sob um contexto de disposição para aperfeiçoamento já a partir do ano que vem.
Texto: Clóvis Victoria
Fonte Imprensa SindBancários
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