Em plena pandemia do coronavírus, os trabalhadores bancários estão na linha de frente da crise sanitária, mantendo o atendimento de um serviço essencial à população e enfrentando diariamente os riscos da exposição ao vírus.
Desde o início da crise sanitária, o Sindicato luta para que a categoria tenha condições de trabalho e preserve a saúde, cobrando dos bancos o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs). O movimento sindical garantiu, em negociação com a Fenaban (federação dos bancos), a manutenção dos empregos e a permanência de mais de 230 mil bancários em home office.
Novela do auxílio emergencial
Desde antes de o coronavírus começar a se disseminar no Brasil, as comunidades médica e científica já alertavam sobre a urgência da instauração de um isolamento social a fim de frear o aumento da contaminação e das mortes. Contudo, essa medida invariavelmente resultaria na perda da renda para grande parte da população: autônomos, trabalhadores informais, desempregados. Passou-se então a discutir o pagamento de uma renda emergencial.
O primeiro caso de covid-19 foi notificado no Brasil em 26 de fevereiro. A proposta de criar um auxílio para trabalhadores informais foi anunciada pelo governo federal somente em 18 de março, com o pagamento de apenas R$ 200 mensais por até três meses. Apesar do anúncio, o governo não enviou nenhum projeto ao Congresso.
Após repercussões negativas na sociedade e pressão da oposição no Congresso Nacional, em 26 de março o presidente Bolsonaro aceitou aumentar o valor para R$ 600. Com isso, o projeto foi aprovado pelos deputados no mesmo dia, e pelo Senado no dia 30 de março. No dia 2 de abril, o pagamento do auxílio foi sancionado pelo presidente.
Caixa e seus empregados na linha de frente
A Caixa ficou responsável pelo pagamento dos auxílios emergenciais. A mesma Caixa Econômica Federal que desde o golpe de 2016 vem sendo sucateada e perdeu quase 20 mil empregados. A mesma Caixa Econômica Federal que, sob orientação do Ministério da Economia, está abandonando seu perfil de banco público e social e adotando operações visando negócios e clientes de rendas mais elevadas.
Filas, tensão e foco de coronavírus
Importante ressaltar que a Caixa não tem responsabilidade pelos critérios adotados para o pagamento do auxílio emergencial. O banco só tem a função exclusiva de pagar o auxílio.
E com a decisão de concentrar os pagamentos em apenas um banco público, as agências da Caixa passaram a ser palco de filas intermináveis e possível foco de disseminação da doença, situação que está resultando em tensão entre a população e os bancários.
Com informações da Redação SPBancários
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