Proteção aos bancários é mais um avanço da cobrança do Sindicato. Banco também está distribuindo máscaras e álcool gel
Após cobrança do movimento sindical bancário, a direção da Caixa Econômica Federal anunciou mais um avanço na segurança dos trabalhadores contra o coronavírus: irá implantar protetores de acrílico nas agências. Segundo o banco, até dia 20 de abril eles serão instalados em 1.600 agências, e todas as unidades do banco público terão protetores até 5 de maio. |
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) também cobrou e o banco anunciou que já começou a entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como máscaras e álcool gel, que são fundamentais para quem atende ao público e são recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medidas de proteção contra o coronavírus.
“Apesar do atraso e de verbas insuficientes, principalmente para as grandes agências, e do fato de que muitos gerentes gerais não estão conseguindo encontrar material, é um pequeno avanço. A Caixa tem obrigação de garantir os materiais aos empregados nas unidades, e os trabalhadores de agências que não forem contemplados até a próxima sexta-feira 10 devem nos procurar”, orienta Dionisio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo (veja como contatar o Sindicato abaixo).
Dionísio também reitera que, durante a pandemia, o movimento sindical tem cobrado a suspensão do processo de reestruturação da Caixa, dos descomissionamentos, das metas, dos processos seletivos (PSIs) e a interrupção dos prazos processuais internos.
“Ainda temos outras reivindicações que precisam ser atendidas o quanto antes e vamos continuar cobrando e pressionando o banco para que invista na proteção à vida dos trabalhadores e da dos clientes. Como o agendamento por telefone para atendimento presencial, que é essencial para evitar aglomerações na porta das agências”, acrescenta o dirigente.
A reivindicação é motivada pelas grandes filas formadas nas portas das agências da Caixa Econômica Federal, que colocam em risco a vida e a saúde dos usuários, dos terceirizados e dos bancários que irão atendê-los em seguida. “É preciso se preocupar de fato com as pessoas garantindo o atendimento estritamente essencial e sem aglomeração, para isso é fundamental o agendamento”, reforça Dionisio.
Saúde Caixa para todosA Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício no dia 25 de março para reiterar a cobrança da inclusão dos novos trabalhadores, em sua maioria PCDs, no Saúde Caixa.
“Mais de dois mil empregados que foram contratados pela Caixa desde setembro de 2018 estão sem acesso ao Saúde Caixa. Não há tempo a perder. As próximas semanas serão decisivas para a contenção ou proliferação do vírus. Em suas funções diárias, em escritórios fechados e nas agências, interagindo com centenas de pessoas por dia, as chances de os trabalhadores adoecerem é muito alta”, lembrou coordenador da CEE/Caixa.
Dionísio também acrescenta que, segundo comunicado emitido pela Caixa na sexta-feira 3, os PCDs tem que estar no trabalho remoto, pois são grupos de risco. “Pelo que temos apurado, isso tem sido respeitado. Mas se houver alguma exceção, deve ser denunciada ao Sindicato”, enfatiza.
Mais cobrançasOutra reivindicação que precisa ser respondida pelo banco é a liberação dos pais de crianças que não têm com quem ficar neste período que não estão na escola e dos que coabitam com pessoas do grupo de risco.
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região |
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