Justiça acata pedido da Contraf e determina o imediato sobrestamento do processo de implementação do novo plano. Reunião de negociação está marcada para a manhã desta quarta, 12
A Justiça concedeu na tarde desta terça, 11, liminar à ação impetrada pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e determinou a imediata suspensão do processo de implementação do novo plano. O sobrestamento, de acordo com a Justiça, deve garantir que haja a realização de reunião e de tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação e a reformulação do cronograma de adesão, “fixando novos prazos para adesão por qualquer dos empregados da reclamada, em prazo não inferior a 15 (quinze) dias, em atenção ao princípio da razoabilidade, a correr após a conclusão do trabalho da aludida Mesa Permanente de Negociação”.
Sem prejuízo de outras sanções processuais e da responsabilidade administrativa e criminal dos dirigentes da reclamada, o juiz fixou multa diária de R$ 500.000,00 em caso de relutância, resistência, embaraço ou recusa no cumprimento da presente tutela provisória de urgência.
“É isso, a Justiça está dizendo que a Caixa deve respeitar o empregado da Caixa, que nos últimos dias vive um clima de insegurança gerado pela direção da Caixa, com uma reestruturação sem qualquer conversa com os trabalhadores. É isso que nós aqui na Fenae vamos defender sempre, que ela respeite a negociação com a representação dos seus trabalhadores e a dignidade de cada trabalhador que constrói essa empresa tão importante para o povo brasileiro”, afirmou Jair Ferreira, presidente da Fenae.
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa estava reunida para discutir a pauta da mesa permanente de negociação, que tem reunião marcada para esta quarta-feira, 12, em Brasília, quando foi informada da conquista da liminar (foto). “Amanhã vamos discutir exclusivamente a reestruturação e estamos preparando os empregados para uma grande mobilização no dia 13, todos vestidos de preto e no dia de hoje conseguimos uma liminar sobrestando o processo de reestruturação absurda, que pretende transferi-los, tirar as funções sumariamente. A direção da Caixa é obrigada a negociar com os empregados sob pena de receber uma multa se não o fizer. Esperamos começar esse processo de negociação com o respeito que merecemos”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.
Fonte: Fenae
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