“Os avanços discutidos hoje são uma consequência da atuação do movimento sindical, no sentido de cobrar do banco mais rigor nas medidas de segurança para garantir a saúde e a vida dos bancários. A pandemia não acabou e, com o surgimento da variante ômicron, os casos de contaminação têm aumentado entre os trabalhadores do Santander”, destaca a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora da COE, Lucimara Malaquias
A dirigente ressalta ainda que o Sindicato continuará cobrando do banco a retomada do home office como principal medida de segurança nesse momento de agravamento da pandemia. E que continuará atento e cobrará do Santander o respeito aos protocolos. “Para isso, é fundamental que os bancários continuem denunciando ao Sindicato os casos em que as medidas não estejam sendo cumpridas”, acrescenta. (veja links e telefones do Sindicato ao final do texto).
Para o secretário executivo do SindBancários e representante dos trabalhadores do Rio Grande do Sul na Comissão de Organização dos Empregados, Luiz Carlos Cassemiro, é importante que a categoria lembre que a pandemia não acabou e que só o cumprimento dos protocolos sanitários pode garantir a saúde e bem-estar da categoria no ambiente de trabalho.
“A representação dos colegas tem dialogado com o Santander desde o início da pandemia, buscando garantir a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. Percebemos que o Ômicron é mais transmissível e menos letal, no entanto, é fundamental que os colegas mantenham o máximo de cuidado nos seus locais de trabalho, utilizando máscara e álcool gel. Pedimos que, caso os colegas enfrentem resistência na aplicação dos protocolos, que seja feita a denuncia para o sindicato que nós cobraremos aplicação das medidas preventivas”, apela o dirigente sindical.
Veja as medidas que o banco atendeu:
Nenhum funcionário deve trabalhar com qualquer sintoma relacionado à covid-19 ou gripe. Nos primeiros sinais, deve se afastar imediatamente, contatar o médico (preferencialmente a telemedicina), informar o gestor e se submeter ao teste.
O afastamento foi reduzido para 10 dias, conforme portaria e novas recomendações médicas, no entanto, o retorno só se dará caso o trabalhador esteja há 24 horas sem tomar medicação antitérmica e sem sintomas. Caso ainda esteja com sintomas, deve procurar o médico e o retorno dependerá de orientação médica neste sentido. O movimento sindical continuará monitorando as orientações técnicas e científicas nesse sentido e, se preciso, procurará o banco novamente.
Desde o inicio do ano já foi emitido 2 novos comunicados com orientação aos funcionários e mais um deve sair nos próximos dias. O banco atendeu o pedido do movimento sindical de reforçar a comunicação interna de orientação.
Quanto à sanitização, o banco informou que todas as equipes de limpeza têm sido reforçadas e que as limpezas são diárias em todos os locais. Informou também que é feita com produtos específicos para eliminar os vírus. No protocolo de higienização consta a limpeza de mesas, cadeiras, teclado, ATMS, portas, piso, banheiros e todos os objetos da agência. A COE reforçou a necessidade de aumentar a regularidade das limpezas, e nos locais onde não estejam sendo feitas, os trabalhadores devem acionar o Sindicato.
Ressarcimento de testes de farmácia: atendendo ao pedido do movimento sindical desde o inicio da pandemia, o banco tem ressarcido os testes rápidos. Para ter o ressarcimento, os gestores devem informar ao banco todos os contatantes e suspeitos, que imediatamente deverão receber um QRcode para ser utilizado na farmácia mais próxima. Este procedimento consta na intranet e está disponível para todos os funcionários.
Está disponível o teste rápido para os funcionários lotados na Torre, no Radar e no GD em SP. O teste é realizado pelo Sírio Libanês, mediante agendamento.
Medidas que o banco não atendeu
O banco permanecerá mantendo o contigente de trabalhadores no presencial, baseado na necessidade do negócio e da produtividade. A COE reiterou o pedido para que o Santander reveja este posicionamento, pois aglomerações aumentam o risco de transmissão e da também a sensação de insegurança dos trabalhadores.
O banco informou que não há critérios definidos para fechamento de agências, que cada local e situação é avaliado individualmente. O movimento sindical apontou que isto é um grande problema, pois a falta de critério tem gerado dúvidas e dificulta a fiscalização, e que com mais de 2 anos de pandemia é urgente que o banco defina e divulgue os critérios.
Definição de contatantes: o Santander tem seguido as novas medidas implementadas pelo Ministério da Saúde, que define contatantes como pessoas que tiveram contato com casos confirmados a menos de 1 metro e por mais de 15 minutos, com o uso inadequado das máscaras. O banco informa que, em casos de dúvidas da metragem e do tempo, o trabalhador deve ser afastado também e se submeter ao teste. O movimento sindical deixou claro ao banco que discorda deste critério, pois há fragilidade e dificuldade de aferir quanto tempo os trabalhadores ficaram em contato uns com os outros.
Fonte: Imprensa SindBancários, com informações da Contraf-CUT
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