Mesmo com queda de crescimento do PIB, recessão e desemprego, banco dos gaúchos registra lucro líquido no primeiro semestre 29,5% maior do que em 2018
O Banrisul obteve lucro líquido contábil de R$ 655,3 milhões no 1º semestre de 2019, com alta de 29,5% em relação ao mesmo período de 2018 e de 4,8% no trimestre. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido – ROE) do banco chegou a 17,6%, com aumento de 2,7 pontos percentuais em doze meses. Esses resultados consolidam a posição de banco público do Banrisul como parte da saúde financeira do banco. |
Isso significa que, após anos seguidos de recordes em lucro está muito claro que é necessário investir em mais colegas e ampliar a importância do banco em vez de desmontá-lo. “Estamos vivendo um período decisivo de resistência ao ataques ao caráter púbico do Banrisul. O governado anterior (José Ivo Sartori-MDB) vendeu ações duas vezes para pagar dívidas porque não tinha projeto. O atual governador (Eduardo Leite-PSDB) já vendeu uma vez ações e chegou a mentir que ia chamar plebiscito durante a Campanha Eleitoral”, enumerou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
De acordo com o relatório do banco, o resultado foi “impactado pela reestruturação dos planos de benefício pós-emprego da Fundação Banrisul de Seguridade Social – FBSS, em R$ 49,5 milhões, e pelos efeitos fiscais da reestruturação em R$ 19,8 milhões; o efeito líquido no lucro é de R$ 29,7 milhões”. Já o lucro líquido recorrente, ajustado pelos efeitos extraordinários, somou no semestre R$ 625,6 milhões, variação de 23,7% em relação ao mesmo período de 2018.
Ao final do 1º semestre de 2019, a instituição contava com um quadro de 10.276 empregados, com redução de 429 postos de trabalho em um ano. A rede de agências e de postos de atendimento foi reduzida em 1 e 6 unidades, respectivamente. “Esses números mostram que o desempenho poderia ser ainda melhor se o Banrisul tivesse mais bancários em seus quadros. Mais uma vez fica comprovada a competência dos Banrisulenses. Mesmo com cenário de crise e de recessão econômica estão encaminhando mais um recorde nos resultados”, avaliou Gimenis.
Outros indicadoresAs despesas com pessoal, acrescidas da PLR cresceram 2,2% em doze meses, atingindo R$ 1,039 bilhão, mesma variação verificada nas receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias e totalizaram R$ 992,3 milhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços e tarifas (receitas secundárias do banco) foi de 95,5%, no período.
Os ativos totais cresceram 5,5% em 12 meses, totalizando R$ 79,5 bilhões. O patrimônio líquido também expandiu em 6,9% no período, alcançando R$ 7,5 bilhões. A carteira de crédito total apresentou crescimento de 7,0% no período, totalizando a R$ 34,2 bilhões. A carteira comercial representou 73,8% do total, somando R$ 25,6 bilhões, com alta de 11,8% em doze meses. As operações com pessoa física cresceram 18,2%, atingindo R$ 19,6 bilhões, enquanto as voltadas para pessoa jurídica tiveram queda de 5,1%, totalizando R$ 6,0 bilhões.
O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,2% (com redução de 1,17p.p. no período). As despesas com crédito de liquidação duvidosa mantiveram relativa estabilidade (-0,5%), totalizando R$ 579,8 milhões.
Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambas elaboradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Fonte: Contraf-CUT e Imprensa SindBancários, com informações do Dieese
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