Aumento na eficiência da gestão do plano contribui para reduzir o aumento dos custos; reestruturação e descredenciamentos são criticados pelos usuários
O relatório apresentado pela consultoria atuarial que assessora os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa apontou inconsistências nos dados fornecidos pela Caixa para a elaboração das projeções de despesas do plano. As despesas projetadas pela consultoria divergem das apresentadas pela Caixa ao Conselho de Usuários e ao GT. A consultoria dos representantes dos empregados ainda apresentou recomendações, que incluem a melhoria da gestão do plano, que contribuiria para suavizar aumentos de custos no plano sem comprometer sua qualidade.
Os representantes da consultoria atuarial contratada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apresentaram uma parte do relatório de avaliação do Saúde Caixa. Entretanto, eles deixaram claro que não tiveram dados suficientes para fazer o trabalho. Por isso, não seria possível comparar os trabalhos da empresa contratada pela Contraf-CUT com a empresa contratada pela Caixa, que teve acesso a muitos mais dados.
“O modelo de custeio do Saúde Caixa presente desde 2004, que prevê a divisão de custos em 70% para a empresa e 30% para os empregados, torna o plano financeiramente viável para os empregados. Hoje, infelizmente, além de restrições que a gestão do banco pretende introduzir, limitando sua contribuição para o custeio do plano, os empregados estão sofrendo com o alto número de descredenciamentos, que tem reduzido coberturas e diminuindo a qualidade do plano” explica o membro do GT, Leonardo Quadros.
“Há muito tempo o Conselho de Usuários aponta a importância de aperfeiçoamento da governança e gestão do plano, e o relatório da consultoria reafirmou a necessidade. Além disso, apontamos outros problemas, como o grau de insatisfação dos usuários com o App do Saúde Caixa, ponto reconhecido pela empresa, que agora está realizando uma pesquisa junto aos aposentados para avaliar o aplicativo” ressalta a conselheira de usuários do Saúde Caixa e membro do GT, Marilde Zarpellon.
As reuniões do GT começaram no dia 14 de janeiro deste ano. Nos meses de abril e maio, o trabalho foi concentrado na análise de dados do plano. Conforme o acordo coletivo 2020/2022, o GT Saúde Caixa foi criado para estudar o custeio e gestão do plano de saúde dos empregados. O grupo paritário, composto por representantes dos empregados e da Caixa, deve apresentar um formato de custeio e gestão do plano até o dia 31 de julho de 2021.
Posteriormente, as propostas serão encaminhadas para debate na mesa permanente. A (s) melhor (es) proposta (s) será encaminhada aos empregados para votação até 31 de agosto de 2021. A mais votada será implementada até 2 de janeiro de 2022.
Fonte: Contraf-CUT
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