Além de campanha de mídia para a população sobre o saque emergencial e a proteção aos empregados e usuários, a direção da Caixa finalmente indicou que trará proposta para Saúde Caixa para todos

Nesta segunda-feira (27), mesmo dia em que o saque do auxílio emergencial começou, a coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu com a direção do banco. A videoconferência buscava exatamente medidas para evitar as enormes filas que se formaram nas portas de algumas agências nas últimas semanas, colocando bancários e população em risco. Uma das principais causas de aglomeração é a falta de informação sobre o pagamento do auxílio.

Desde o início da pandemia, os empregados cobram do banco uma campanha de comunicação para orientar a população a não ir às agências e de como conseguir se cadastrar para receber o auxílio. Segundo a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, a principal responsável pelas aglomerações nas agências da Caixa é a falta de informações por causa do auxílio emergencial.

“Nós solicitamos à Caixa que nos envie a campanha para que possamos encaminhar aos sindicatos e aos movimentos sociais de todas as regiões do Brasil para que eles possam ajudar da divulgação e na busca pela redução das filas nas agências”, completou.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, também defende a proposta de uma campanha informativa para a população. A ação pode evitar as filas que se repetem em diversas regiões do país. “A direção da Caixa não pode deixar para os empregados essa responsabilidade de informar a todos. A responsabilidade é da direção da Caixa e do governo federal. Nossa preocupação é com a saúde dos trabalhadores e da população. Queremos garantir o atendimento para os casos essenciais”, reforçou.

As entidades e as negociações têm sido fundamentais, em especial nesse período. As reivindicações foram essenciais para a criação das medidas de proteção para os empregados e para a população neste período de pandemia. Para Ferreira, a mesa de negociação é fundamental para que os direitos dos empregados sejam ouvidos e pediu que a Caixa respeite o trabalhador.

“As entidades levam para a mesa as reivindicações dos trabalhadores. O que a direção da Caixa precisa agora é continuar ouvindo os empregados, negocie e garanta a proteção para os trabalhadores e da população contra o contágio do coronavírus”, afirmou.

Rodízio de empregados

Os representantes dos trabalhadores cobraram também a manutenção do rodízio semanal, no qual os empregados ficam uma semana no trabalho remoto e uma semana no atendimento, e dos critérios para o teletrabalho.

“Para cumprir sua missão social, a Caixa precisa oferecer condições de trabalho para seus empregados. O banco precisa garantir esse rodízio para preservar os trabalhadores que fazem o atendimento direto à população”, destacou o presidente da Fenae.

Na reunião também foi cobrado e a direção da Caixa garantiu que a adesão voluntária não excluirá o rodízio e também que não será permitida qualquer pressão dos gestores para a adesão ao site queroatender.caixa, no qual as equipes podem se inscrever para voltar fisicamente ao trabalho, garantindo que a inscrição seja totalmente voluntária. Os representantes dos empregados reivindicaram que esse sistema seja utilizado apenas nas agências que necessitam para manter o rodízio e só no período específico de necessidade.

A Caixa disse que tem feito as melhorias no aplicativo constantemente. E que transferiu vários desenvolvedores da sua área de Tecnologia da Informação para que fosse feito melhorias no sistema. De acordo com o banco público, 13,6 milhões de contas digitais foram abertas e quase 6 milhões de pessoas já foram atendidas pelo aplicativo.

“Os empregados da Caixa se orgulham muito de ser empregados da Caixa e do papel fundamental da Caixa, como banco público. No entanto, exigem respeito ao seu trabalho. Por isso que somos tão incisivos nas cobranças que fazemos”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae.

Outras cobranças

Os demais pontos que foram cobrados pelo Comando e pela CEE/Caixa estão, aos poucos, sendo implementados, como a contratação de segurança desarmado para organizar as filas e as proteções de acrílico nos caixas e equipamentos de proteção individual (EPIs) para todos os empregados.

Com a autorização da Polícia Federal para atuar na organização de filas do lado de fora das agências, 558 unidades estão com um vigilante e 371 unidade estão com 2 vigilantes. Quanto aos EPIs, mais de 90% das unidades estão com as proteções básicas, quase 85% tiveram as proteções de acrílicos instaladas e 41,11% receberam as máscaras de acrílico.

Saúde Caixa

Depois de mais uma cobrança do movimento sindical, em ofício enviado no dia 25 de março, a Caixa marcou uma reunião para esta quarta-feira (29), na qual trará uma proposta de “Saúde Caixa para Todos”, antiga reivindicação dos empregados, que ganhou força durante a crise do coronavírus.

Auxílio emergencial

Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae, lembra que, apesar do início do saque do auxílio emergencial, não adianta correr para ter o dinheiro em mãos. “O escalonamento do saque visa evitar aglomerações nas portas das agências e das casas lotéricas”, disse.

O saque será escalonado e os primeiros que terão o direito a sacar são os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. Na terça-feira (28), poderão sacar os nascidos em março e abril e na quarta-feira (29), quem nasceu em maio e junho e assim por diante. Veja calendário abaixo:

27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro
28 de abril – nascidos em março e abril
29 de abril – nascidos em maio e junho
30 de abril – nascidos julho e agosto
04 de maio – nascidos em setembro e outubro
05 de maio – nascidos em novembro e dezembro.

Este calendário de saques é para as pessoas que receberam por meio da conta digital aberta pelo banco.

Com informações da Contraf-CUT

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