Após o Dia Nacional de Luta contra demissões, fechamento de postos de trabalho e assédio moral e sexual no Itaú, no dia 14 de julho, além de outros protestos e paralisações no dia 15, o banco estendeu o prazo para realocação dos trabalhadores.

No dia 4 de julho o banco anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, processo que estava gerando muita demissão. O banco tinha dado o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários.

Nesse período, o bancário teria que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo e ser transferido apenas se houvesse vagas disponíveis. “Essa medida desumana, que já vinha sendo executada pelo banco, tinha que ser barrada”, disse Jair Alves, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.

O tema foi debatido em reunião entre representantes da categoria e a Diretoria de RH do banco, no dia 22, quando foi solicitado que as demissões fossem suspensas durante as negociações da Campanha Nacional 2022. A resposta veio na segunda-feira (25), com a garantia de que não haverá desligamentos até o fim da vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que ocorre em 31 de agosto. Ficam fora do acordo, demissões por justa causa, recomendação do Ombudsman e da Inspetoria, além de casos de aposentadoria a pedido.

As negociações com o Itaú serão retomadas em setembro, mas o diretor e representante da COE, Eduardo Munhoz, comemorou a decisão. “Foi muito importante a gente conseguir que o banco suspenda as demissões. Nossa luta vale a pena”, declarou se referindo às paralisações dos 14 e 15 de julho. Eduardo reforçou que a questão do emprego é estruturante na luta do movimento sindical. “Não vamos tolerar este altíssimo turno over”. Somente na base do SindBancários de POA e Região, em seis meses, o banco demitiu 100 trabalhadores(as). “Isso é muito grave! Vamos seguir de olho”.

Fonte: Contraf-CUT com informações do SindBancários

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