Dados indicam que, em 28 dias, número de infectados atendidos pela operadora aumentou 66%
A Cassi vem divulgando boletins periódicos sobre os casos de Covid-19 que atende e os dados são alarmantes: em 28 dias, o número de infectados atendidos o Rio Grande do Sul cresceu 66%. No mapa atual, o RS é um dos estados em situação de alerta. Em 27 de maio, eram 271; em 9 de junho já estavam em 340, sendo 2 óbitos, 275 recuperados e 60 em monitoramento.

Segundo o relatório divulgado em 23 de junho, o RS e outros estados enfrentam dificuldades no sistema de saúde por conta, principalmente, da iniciativa de alguns hospitais em solicitarem a revisão dos valores pagos em casos de tratamento de pacientes com Covid-19.

Entre os atendidos pela Cassi em todo o Brasil, há 2.389 casos confirmados para a doença originada pelo novo coronavírus. Destes, 227 vieram a óbito. A operadora já autorizou 20 mil exames para o vírus.

Além disso, a situação vem se agravando, conforme informações da própria Cassi, por conta das medidas de flexibilização da quarentena em diversos municípios do país, como o retorno progressivo das cirurgias eletivas em diversas localidades e reabertura de comércios e shoppings. Também contribuíram para o aumento dos casos a indisponibilidade ou demora para a obtenção de resultados laboratoriais; aumento do contágio de Covid-19 no quadro próprio da CASSI; chegada do inverno e aumento dos casos de doenças respiratórias comuns.

Relaxamento do isolamento social

A diretora da Fetrafi-RS Cristiana Garbinatto, funcionária do Banco do Brasil e membro do Conselho de Usuários da Cassi-RS, destaca que esse aumento reflete o relaxamento do isolamento social. “Precisamos que os governos ampliem os cuidados com a população e que os banqueiros façam sua parte. Manutenção do grupo de risco em casa, rodízio entre os colegas que estão nas dependências, home office para 100% dos funcionários de áreas meio e departamentos, testagem para todos, protocolos claros para casos de contaminação, cuidar dos terceirizados, medição de temperatura dos clientes são exemplos de atitudes que devem ser adotadas”, alerta.

Cristiana ressalta, ainda, que há situações “bizarras” no Banco do Brasil, como o fato de os Escritórios Digitais, que só atendem clientes de forma remota, possuirem funcionários trabalhando presencialmente. “Os funcionários vão até o escritório para responder e-mails e atender ao telefone. Isso é absurdo, porque temos tecnologia de sobra para deixar todos esses colegas em home office”.

Retrocesso nos cuidados

Situações “bizarras” como essas, porém, não são exclusivas do Banco do Brasil. Em diversos bancos, a gravidade da pandemia parece não ser considerada. Já houve casos de agências em quase todos os bancos, por exemplo, que tiveram funcionários testados positivamente para a Covid-19 e os protocolos para fechamento imediato, higienização e troca de equipe não foram seguidos à risca.

Segundo a diretora de Saúde do(a) Trabalhador(a) da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, o coronavírus está chegando a todos os bancos. “Todo dia temos conhecimento de novos casos entre a categoria bancária e denúncias de que os bancos estão retrocedendo nos protocolos negociados com o movimento sindical e por muitas vezes até não cumprindo decretos municipais e estadual. Precisamos ficar sempre na defesa da saúde, da vida e do cumprimento das medidas de segurança”, enfatizou Denise.

A diretora lembra, ainda, que as representações dos bancários estão cobrando a dos bancos que façam a testagem em massa dos trabalhadores e das trabalhadoras da categoria, inclusive dos(as) terceirizados(as).

Fonte: Fetrafi-RS

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